Minas Gerais

MOBILIZAÇÃO

Em BH, campanha pela proteção da Serra do Curral divulga nova estratégia de articulação

Com participação de artistas, será lançada, nesta segunda (13), a segunda fase da “Tira o pé da minha serra”

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |

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Serra, que é referência natural e patrimonial de BH, continua sob ameaça da mineração - Foto: Prefeitura de Belo Horizonte

O cartão postal de Belo Horizonte continua sob a ameaça de mineradores, e a mobilização popular não pode parar. Esse é o recado da “segunda temporada” da campanha “Tira o pé da minha serra”, que será lançada nesta segunda (13), às 18h30, no restaurante Querida Jacinta, Zona Leste de Belo Horizonte.

Lá, será divulgada em primeira mão a nova estratégia de articulação pela proteção integral da Serra do Curral, informam os organizadores. O evento terá a participação de parlamentares, movimentos socioambientais, além de atrações culturais de grande referência da capital mineira, como Makota Cássia Kidoiale, Marcelo Veronez, Kadu dos Anjos, Luiz Gabriel Lopes, Juliana Perdigão e José Luís Braga.

O Querida Jacinta fica na rua Grão Pará, 185, bairro Santa Efigênia e o convite é aberto a todos os interessados.


Campanha será lançada nesta segunda (13) / Foto: Divulgação

Reunião do Copam cancelada, mas serra continua ameaçada

A reunião do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) que decidiria sobre alterações no Plano de Manejo do Parque Florestal Estadual (PFE) da Baleia, que seria realizada em 8 de fevereiro, foi adiada.

Como mostrou o Brasil de Fato MG, entre as mudanças defendidas pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e pela Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/MG) está a redução de cerca de 80% da área de amortecimento do parque, deixando desprotegida a região da Serra do Curral, em Belo Horizonte.

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Como impacto imediato, caso o conselho seja favorável às mudanças no plano, a mineradora Tamisa passaria a ter mais facilidade para seguir com seu empreendimento em trechos da Serra.

Outra vitória aconteceu no dia 26 do último mês. A Justiça Federal suspendeu as atividades das mineradoras Gute Sicht e Fleurs Global na serra, devido a irregularidades no processo de liberação dos empreendimentos.

Ambas desenvolviam suas atividades por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), ou seja, sem licenciamento ambiental. O TAC é um dispositivo do governo estadual que permite que as empresas atuem no território provisoriamente.

Edição: Larissa Costa