Minas Gerais

RECONHECIMENTO

Colunista do Brasil de Fato MG recebe prêmio francês por defesa dos direitos humanos

Marina de Paula é atingida pelo crime da Vale em Brumadinho e luta por reparação integral

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
A homenagem foi feita pela Comissão Nacional Consultiva de Direitos Humanos (CNCDH) da França - Divulgação

Atingida pelo crime da Vale em Brumadinho, município de Minas Gerais, a colunista do Brasil de Fato MG Marina Paula Oliveira recebeu, na última quinta-feira (7), o prêmio “Direitos Humanos”, concedido anualmente pelo Estado da França a ativistas que atuam na promoção dos direitos humanos e na defesa do meio ambiente.

A homenagem, feita pela Comissão Nacional Consultiva de Direitos Humanos (CNCDH) do país europeu, ocorre em razão da atuação de Marina que, desde 2019, quando a barragem da mineradora rompeu em Córrego do Feijão, luta por justiça e reparação integral aos danos socioambientais causados pela Vale.

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“A luta que tem travado em favor da justiça ambiental deve ser incentivada e levada em frente, principalmente diante da terrível tragédia sofrida por sua comunidade após o rompimento da barragem”, disse o embaixador da França no Brasil, na carta que comunicou sobre a homenagem.

A cerimônia de entrega do prêmio aconteceu no Ministério de Relações Exteriores da França. Marina também é militante do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) e do Movimento Brasil Popular, doutoranda e mestra em Relações Internacionais e conselheira do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam).

Leia a coluna de Marina

Desde agosto de 2022, Marina de Paula Oliveira publica artigos de opinião no site do Brasil de Fato MG.

Na coluna, ela aborda temas relacionados aos impactos ambientais do modelo vigente de mineração, aos desafios enfrentados pelas famílias atingidas pela atividade minerária e à mobilização pela reparação aos danos causados pelos rompimentos de barragens.

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“Os rompimentos de barragem acontecem porque a lógica do modelo mineral do sistema capitalista fabrica desastres socioambientais. Para lucrar cada vez mais e se destacar no mercado mundial, as mineradoras multinacionais, como a Vale, optam sistematicamente pelo não investimento em segurança e monitoramento. Ou seja, o setor constrói, aos poucos, a arquitetura dos crimes”, escreveu a atingida, em artigo publicado em novembro deste ano.

Para ler os textos de Marina, clique aqui
 

Edição: Larissa Costa